Sáb 9 Jul 2022 - Dom 7 Ago 2022
Um Sentimento Sem País no Mundo

Descrição do Evento

“UM SENTIMENTO SEM PAÍS NO MUNDO”
Quem decide deixar o país, não tem medo do desconhecido.
É duro pensar que o que temos não serve.
Ser estrangeiro é onde os fracos não têm vez. Não há tempo para lamentos ou saudade. Abre mão da comodidade, dos almoços de família, dos amigos de infância, para viver longe de quem amam. Torna-se estranho a si próprio. As condições emocionais mudam e é árduo reaprender a lidar com os sentimentos.
Um sentimento sem país no mundo, apela à solidariedade internacional e à diversidade cultural, para aquietar novas guerras.
A presença dos portugueses pelo mundo, foi sempre um projeto de todos os tempos, que ultrapassa imprevistos e obstáculos.
Uma parte significativa da herança portuguesa estará sempre ligada ao mar, pela localização geográfica e toda a cultura da expansão marítima.
Este projeto artístico expõe, a nova vaga da emigração portuguesa em idade ativa, o que contribui para o crescimento da população idosa, numa dicotomia entre a objetividade e a subjetividade, o abstrato e o figurativo, o dentro e fora do país.
É o vínculo entre presença e ausência, a fronteira entre materialidade e imaterialidade.
Constrói sucessivas camadas de cores fortemente contrastantes, num diálogo de confronto de verdes-esperança na humanidade e no futuro e de vermelhos-sangue, como a bandeira do pais, que sempre soube integrar a diferença, num diálogo entre povos e culturas. Cria rostos pela metade objetiva e deixa à interpretação, a subjetiva, como em cada um de nós
Estabelece uma personalidade de conceção temporal, tanto na incorporação e transformação de materiais reciclados, como na correlação entre cores e padrões geométricos, de círculos e triângulos, do passado e futuro e do visível e invisível. O círculo familiar e social que são desfeitos ou imperfeitos, interrompidos, vidas suspensas com novas relações e ligações triangulares.
Existe uma autorreferencialidade, enquanto membro duma família dentro da sociedade demográfica, em que expõe a experiência da saudade, do tempo, da perda e da memória, “bordados” em fio na ponta de uma agulha.
Quem decide deixar o país, procura a paz e melhores condições de vida.